Lúpus é uma doença rara, mais freqüente nas mulheres do que nos homens, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico, exatamente aquele que deveria defender o organismo das agressões externas causadas por vírus, bactérias ou outros agentes. No lúpus, a defesa imunológica se vira contra os tecidos do próprio organismo como pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. Essas múltiplas formas de manifestação clínica, às vezes, confundem o diagnóstico.
Lúpus exige tratamento cuidadoso por médicos especialistas. Pessoas tratadas adequadamente têm condições de levar vida normal. As que não se tratam, acabam tendo complicações sérias, às vezes, incompatíveis com a vida.
Critérios diagnósticos:
O diagnóstico de LES é estabelecido quando 4 ou mais critérios dos abaixo relacionados estiverem presentes:- Eritema malar (vermelhidão característica no nariz e face), geralmente em forma de "asa de borboleta"
- Lesões discóides cutâneas (rash discóide)
- Fotossensibilidade
- Úlceras orais e/ou nasofaríngeas, observadas pelo médico
- Artrite não-erosiva de duas ou mais articulações periféricas, com dor, edema ou efusão
- Alterações hematológicas (anemia hemolítica ou leucopenia, linfocitopenia ou plaquetopenia) na ausência de uma droga que possa produzir achados semelhantes
- Anormalidades imunológicas (anticorpo antiDNA de dupla hélice, antiSm, antifosfolipídio e/ou teste sorológico falso-positivo para sífilis)
- Fator antinuclear (FAN) positivo
- Serosite (pleurite ou pericardite)
- Alterações neurológicas: convulsões ou psicose sem outra causa aparente
- Anormalidades em exames de função renal: proteinúria (eliminação de proteínas através da urina) maior do que 0,5 g por dia ou presença de cilindros celulares no exame microscópico de urina
Esse método diagnóstico tem uma especificidade de 95% e uma sensibilidade de 75%, de forma que, quando, no mínimo, quatro critérios forem preenchidos, em média 95 de cada 100 pacientes apresentará, de fato, lúpus eritematoso sistêmico. Entretanto, somente 75 de cada 100 pacientes com lúpus eritematoso sistêmico apresentaram positividade para 4 ou mais desses 11 critérios.
Como é o tratamento?
Mesmo havendo protocolos internacionais para o tratamento de doenças complexas como o LES, cada paciente tem a sua história.
Sabe-se qual o melhor tratamento para cerebrite, nefrite, dermatite, mas os resultados são individuais. O tratamento do Lúpus não é um esquema pronto para ser executado e as características de cada caso ditarão o que se deve fazer, tornando-o artesanal. Os medicamentos utilizados podem provocar efeitos colaterais importantes e devem ser manejados por profissionais experientes.
Os pacientes devem estar alertas para os sintomas da doença e para as complicações que, embora raras, podem aparecer. Se forem prontamente manejadas é muito Mais fácil solucioná-las
O tratamento do LES deve ser feito por médicos experientes e os pacientes não devem modificá-lo sem orientação.
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